Dezembro – 2011
O seu oceano, é inteirinho de morte.
Eu toquei as águas escuras com as pontinhas dos pés, e resolvi mergulhar. Descer, engolir água, me afogar em você. Fui além dos seus bancos de areia, seu assoalho oceânico. Fui tão fundo até a sua pressão estourar meus tímpanos, fui desafiar minha resistência nesse teu fundo de mar.
Você é abissal.
Seu oceano é inteiro amargo.
Metros e metros cúbicos de azul-escuro, manchado de petróleo, água gelada, e nenhum peixinho.
E eu, para as suas ondas me engolirem. E engoliram.
Mas eu volto, porque sempre gostei mesmo é de uma boa aventura, de estar perto da morte, de mergulhar sem tanque de óxigênio sem nada e voltar quase ilesa.
Quase.
Você é abissal.
Seu oceano é inteiro amargo.
Metros e metros cúbicos de azul-escuro, manchado de petróleo, água gelada, e nenhum peixinho.
E eu, para as suas ondas me engolirem. E engoliram.
Mas eu volto, porque sempre gostei mesmo é de uma boa aventura, de estar perto da morte, de mergulhar sem tanque de óxigênio sem nada e voltar quase ilesa.
Quase.