Junho – 2012

Eu fui tão longe, me feri, me expus, queria saber, até onde dava, o que eu aguentava, o quanto me virar do avesso me faria me sentir melhor e o quanto ia me fazer mais sozinha. Doeu, dói ainda, o quanto eu me coloquei em risco, só pra me desafiar. Não, não foi só por isso, mais foi principalmente por isso. Ferida na carne, lá dentro, foi pra arrebentar, pra doer no outro dia, pra me fazer sangrar até hoje, foi assim porque eu queria, porque assim eu precisava que fosse. Mas não me preencheu, não sei. Não me arrependo, não fiz errado, fiz o que tinha que fazer. Eu necessitava me espetar em rocas de bruxa por aí, tanto, mais do que qualquer coisa, eu fiz, do jeito mais avulso e gratuito e baixo que eu conseguia, dos meus limites.
Acabou.
Agora passemos para a próxima ilusão da fila.

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