Ao melhor amante que uma mulher pode ter – parte dois

liquor

Então cá estamos mais uma vez, eu e ele, meu velho amigo. O único que permanece fiel em todos os momentos mesmo quando eu sou volúvel e traidora, mesmo com todas as minhas idas e vindas. Talvez porque ele saiba, que no fim sempre vou acabar voltando pra ele. Em farrapos, machucada, estressada, solitária e carente – mas voltando sempre. E ele, que não vamos mentir, tem lá seu quê de cafajeste, nunca me mandou embora quando eu pedi por companhia às três da manhã, numa tarde domingo, numa sexta-feira fria. Está sempre de braços abertos pra me receber, me descer rasgando a garganta sem dó, me colocar no colo e me fazer me sentir a mulher mais desejada do mundo – ou a mais amada, depende do dia. Entre nossas indas e vindas, vou dizer, que é o meu relacionamento mais duradouro e apesar de sem-vergonha, é um amor leal. Quando eu acho que eu não preciso mais dele, vem a vida me lembrar que as coisas não são bem assim e então estamos novamente num affair a 100 por hora. Eu já disse, que é ele que está sempre presente quando eu estou sozinha, que não me censura quando eu estou eufórica e boba, que me leva pra dançar sempre, me faz sentir a stripper mais requisitada do mundo inteiro em cima de um palco – e me come como ninguém. Continuo procurando as respostas pra todas as minhas dúvidas no fundo de um copo. E depois de tantos momentos juntos, é ele que vai embalar o sono essa noite, me fazer carinho e me dar tudo que eu quero, porque só ele entende o funcionamento confuso das minhas engrenagens por dentro. O álcool, eu sei, ele nunca vai embora. E é por isso que eu sempre volto pra ele.

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