Esse ano foi um ano maluco. Provavelmente foi um dos anos mais malucos da minha vida. Pensando bem, provavelmente não. FOI um dos anos mais malucos da minha vida. Foi tudo ao mesmo tempo AGORA. Não teve tempo de descanso, pausa entre os altos e baixos, ou eu estava nas nuvens ou estava no chão. Toda vez que eu dizia “depois disso, vou precisar dar um tempo”, a vida vinha me atropelando de novo. E eu sempre gostei de extremos, mas entrei em 2014 achando que ia ser calmaria, querendo cuidar mim, ter serenidade, estabilidade. Não deu. Foi o oposto disso. Eu fui devidamente chutada de todas as minhas zonas de conforto. Todas elas. Fui me agarrando no meu barquinho, torcendo para que ele não virasse. Dizendo pra mim que nenhuma tempestade dura pra sempre, uma hora tem que passar.
Não sei se é esperança saudável ou otimismo cego, mas mesmo que tenha tido muitas decepções e frustrações, continuo me agarrando à ideia de que alguma hora, as coisas vão ter que começar a dar certo. Alguma hora elas vão ter que começar a se encaixar e entrar nos eixos. Não sei se é bobagem new age, mas preciso acreditar uma hora vai tudo fazer sentido e eu vou entender porque foi do jeito que foi.
Agora, uma coisa é certa. Depois de tentar me agarrar a tantas representações de segurança e ir perdendo todas, chutei o pau da barraca. Pode ser rebeldia tardia, mas se estabilidade não tem, que não tenha. Joguei tudo para o alto, cortei todas as amarras, estou flutuando livre pela vida sem saber o que me reserva o dia de amanhã. E gostei. Estou pronta pra me refazer inteira. Estou pronta para recomeçar. Do zero. Aonde quer que a vida está me levando, se existe um plano maior; estou pronta para o que der e vier.