Eu levo um choque toda a vez que a sua pele encosta da minha. É uma descarga de adrenalina que percorre meu corpo inteiro, inutiliza minha mente, deixa tudo uma névoa densa de vontade que me sufoca, me intoxica, me envenena.
Eu quero me arrebentar em você, de novo e de novo, e de novo, até eu estar em mil caquinhos espalhada pelo chão do seu quarto, que você quase me mata quando você faz essa cara de que não vai pra lugar nenhum, porque eu sei que não vai, eu sei que você vai continuar exatamente aqui, dizendo que vai perder o controle, que quer me apertar, me marcar, me bater, me fazer gritar o suficiente para o prédio inteiro ouvir. Vai continuar arrancando cada fio de autocontrole com os dentes, me fazer dizer que eu sou sua, porque eu sou, estou entregue, viciada, desorientada, absolutamente a mercê do seu toque, dessa dor deliciosa que você me provoca lá na alma. Eu tenho certeza que nasci pra isso, para estar no seus braços exatamente assim, uma amante contumaz, meio alcóolatra, descontrolada, egoísta, mas que te quer tanto que te inunda como um tsunami toda vez.
Vem logo se enfiar nos meus lençóis, você é gasolina para o fogo que eu tenho por dentro, e e estou em carne viva, em chamas, inflamada, vulcânica, absolutamente incandescente por você.