Conto de insônia e saudade

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Atenção, o conteúdo a seguir é impróprio para menores de dezoito anos e contém linguagem chula.

Sonhei com você ontem.

Acordei suada e esbaforida, pregada na cama, o pijama grudado no corpo, com vontade de chorar e com a pele vibrando como se tivesse um motorzinho por dentro.

Fiquei com raiva da minha imaginação, me lembrando de você mesmo quando eu estou dormindo, como se isso fosse facilitar a minha vida. Contemplei a penumbra do meu quarto, o silêncio da madrugada. Meu corpo estava febril. E eu estou tão cansada de lutar contra as coisas que eu sinto, de te expulsar dos meus pensamentos toda vez que você entra neles, quando pra mim é sempre tão difícil não querer o que eu quero. E eu quero. Aliás, mais que quero. Eu desejo.

E desejo é a injeção de adrenalina mais poderosa que eu já experimentei. É a coisa que me faz mais sentir viva, acesa, existente. É uma dor que se espalha pelo meu corpo inteiro, e não importa quantas vezes eu sinta, toda vez é como se eu fosse virgem de novo, a vontade de me entregar cegamente aos meus instintos sem pensar nas consequências…

Meu suspiro corta o ar abafado do quarto. Minha mão descobre meu rosto, eu levo o indicador à boca. Deixo minha saliva umedecer os dedos e escorrego as mãos para dentro da calça do meu pijama. Minha pele está fervendo, e o primeiro toque me deixa zonza. Cansei de te expulsar da minha mente. Agora você é meu convidado.

Imagino você na minha frente, o torso nu. Aproximando o seu rosto do meu até eu conseguir sentir seu cheiro. Passando as mãos pela minha cintura por cima da camiseta. Descendo para o meu quadril, levantando minhas pernas para me fazer sentar na escrivaninha atrás de mim. Eu te encaro e você está sério, como poucas vezes você fica. Com gentileza, separa as minhas pernas na altura dos joelhos e se posiciona entre elas. Eu sinto uma pontada de excitação contrair os meus músculos e passo as mãos pelos seus braços, apertando, sentindo, até ela entrelaçam na sua nuca. As suas mãos sobem pelas minhas coxas do mesmo jeito. Apertando, beliscando. Na altura dos meus quadris, você enfia as mãos dentro da minha blusa, segura minha cintura com força e vai subindo o toque pela minha barriga, até chegar nos meus seios, passando as pontas do dedos pelos meus mamilos e me fazendo gemer baixinho. Você brinca comigo um pouco mais, me torturando, antes de levantar a camiseta e atirá-la no chão do quarto.

Sinto os seus dedos subindo pelas minhas costas, nuca, segurando a parte de baixo do meu cabelo e puxando com força o suficiente para me fazer cravar as unhas na sua pele. O seu rosto está muito perto do meu agora. Eu sinto a sua respiração enquanto você me provoca, roçando os lábios nos meus, me fazendo sentir que eu vou morrer se você não me beijar nos próximos vinte segundos.

E aí você me beija. E eu invado a sua boca como uma onda, te inundando com todo este desejo que eu tenho por dentro, com o tanto eu te quero, e só serve você, nossos torsos grudados enquanto você puxa o meu cabelo e me puxa pra mais perto, e eu desço as unhas rasgando a pele das suas costas até a sua bunda, fazendo você roçar o quadril contra o meu. Eu sinto minha calcinha ficando molhada com a sensação do seu pau encostando em mim por debaixo da calça. Duro, só pra mim.

O seu beijo é como uma labareda, sempre toca nos pontos certos em mim, me deixa tonta, embriagada de ser sua, de te dar tudo o que você quiser, de fazer tudo o que você quiser e eu te beijo, mais e mais e mais, até eu começar a sentir os meus lábios inchando, até estar empurrando o meu quadril de leve contra o seu.  Eu abro os olhos furtivamente, como eu sempre fiz, pra observar você me beijando de volta, o cenho franzido e o rosto contraído de dor, e por um segundo eu chego a pensar que você está tão dominado pelo desejo quanto eu…

Eu quebro o beijo com uma mordida, enfiando o meu rosto no seu pescoço pra me embebedar no seu cheiro, e suas mãos passam pela parte interna das minhas coxas de novo, indo parar na frente da minha calça. O pano fino do pijama e a minha calcinha minúscula não são exatamente barreiras eficientes, e você sente o quanto eu estou melada de tesão por você bufando baixinho.

– Eu quero. – Você diz naquela voz rouca que só eu conheço, que é só minha.

– Toda sua. – Eu respondo com um sorriso ferino porque é muito mais divertido saber jogar quando se está com um oponente a altura. Você sorri de volta, me empurrando de volta na escrivaninha, se livrando da calça e da calcinha com rispidez, separando as minhas pernas o máximo possível, me deixando toda aberta, exposta, pulsando por você.

Eu quase grito quando sua língua me encontra, passando por mim como se fosse um pincel, misturando a sua saliva com o meu gozo, se embrenhando em cada cantinho enquanto estou arfando em cima da mesa, puxando o seus cabelo, apertando  o seu rosto contra mim, e você coloca a minha coxa no seu ombro e vai com mais sede ao pote, sugando e me fazendo gemer alto, e quando eu lembro que você me disse uma vez que às vezes tem vontade morder quando chupa uma boceta eu quase gozo, investindo meu quadril contra a sua boca. Você para, os cabelos bagunçados, as bochechas vermelhas.

– Ainda não.

– Então vem.

E você me dá exatamente o que eu preciso. Nem se preocupa em tirar a calça por inteiro, apressado, e me invade. Eu ouço minha boca despejar sons incoerentes quando minha boceta vai se abrindo, vai cedendo pra fazer você caber dentro de mim. E logo as suas mãos estão fincadas no meu quadril, ajeitando o ângulo certo pra você ir muito fundo, o mais fundo que der, o quão fundo você quiser e eu não consigo parar de gemer e pedir pra você ir mais forte e não parar nunca mais.

Na vida real, eu apertei os lábios bem forte para nenhum som escapar. E gozei nos meus dedos, encharcada, exausta. Quando eu pisquei, você tinha sumido. Eu estava sozinha no quarto outra vez.

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