Como (não) resistir a uma tentação

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Fonte: Best-Bumblebee (Tumblr)

– Vou fazer mais um drink. – Eu sinalizei, levantando. – Alguém quer alguma coisa?

– Pega uma cerveja pra mim? – O Murilo me pediu, me entregando sua long neck vazia. – Você é a melhor. – Ele piscou e eu saí rindo, passando no espelho do corredor para checar se a maquiagem ainda estava ok. Por enquanto, tudo sob controle.

Estava tentando tirar o gelo da fôrma para finalizar minha caipivodka, quando ouvi a porta do apartamento se abrindo. Da cozinha, dava para ouvir ele colocando as chaves e o capacete na mesinha do corredor. O volume do pessoal na sala ficou bem alto de repente quando viram que ele chegou. Ouvi ele cumprimentando todo mundo, dizendo que estava animado para noite, que ia só tomar um banho rápido.

Respirei fundo, tomando umas duas goladas do meu drink antes de voltar para a sala. Ele estava justamente saindo e nos esbarramos no corredor.

– Oi. – Eu disse, talvez um pouquinho mais alto do que o normal que afinal aquele era o meu terceiro drink. Vi ele me escanear, meu rosto, meu corpo, a roupa que eu estava usando, e percebi a mudança em sua linguagem corporal. Ele tinha ficado tenso, como sempre. Fiz força para não rolar os olhos.

– Oi. – Ele respondeu meio sem jeito, me dando um beijo apressado e sumindo para os fundos do apartamento. Eu já estava bem cansada de ser tratada como se ele tivesse visto o próprio demônio em forma de gente toda vez que a gente se esbarrava em situações daquele tipo. Dei de ombros me convencendo que aquilo não iria estragar o meu humor.

Voltei para a sala, avisando logo que a próxima música era escolha minha. Murilo me agradeceu a cerveja, eu relaxei na poltrona, apreciando o meu drink. Noites como aquela tinham se tornado corriqueiras e eu não podia estar mais feliz. É sempre bom sentir que a gente faz parte de algo. Finalmente tinha encontrado a minha turma, e sempre estávamos inventando uma coisa para fazer. Às vezes era só uma tarde tranquila tomando cervejas no parque, às vezes era provando no restaurante hype do momento. Muitas vezes era saindo para aproveitar uma balada e voltar só no outro dia. Geralmente fazíamos um bom esquenta no apartamento dos meninos – o mais próximo do centro – e era sempre em noites assim que ele nunca ia.

Estava convencida que talvez daquela vez fosse ser diferente. Até que ele apareceu no vão da sala vestindo moletom, com o cabelo molhado e a toalha sobre o ombro. Na mesma hora todo mundo começou a protestar.

– Porra, cara, não é possível!

– Você disse que ia só tomar um banho!

– Foi mal gente, mas depois de entrar no banho, percebi que tô morto. Não vou dar conta. – Ele se desculpou, e olhou de relance para mim. Eu não consegui me segurar. Sacudi a cabeça em sinal de reprovação, enquanto, como sempre, todo mundo insistia para ele mudar de ideia – em vão.

Depois de ceder que ia pelo menos tomar algumas cervejas até a gente sair, ele sentou no outro canto da sala, como se eu estivesse com alguma doença contagiosa pelo ar. A conversa e as bebidas rolaram normalmente, até que lá pelas tantas a Aline avisou que era melhor a gente ir ou íamos perder a lista. Todo mundo se levantou, checando celulares, casacos, maços de cigarro, e fomos nos enfileirando para sair.

– Tem certeza que não vai?

– Fica pra próxima. – Ele se justificou, como sempre. – Prometo.

Eu fingi que estava procurando meu celular, esperei todo mundo sair.

– Já vou! – Eu gritei do corredor. Fui para os fundos do apartamento e o encurralei antes que ele conseguisse se esconder no quarto. – Ei! Podemos dar uma palavrinha?

Ele piscou algumas vezes, claramente desconfortável.

– Claro, o que você manda?

– É impressão minha ou você tá fugindo de mim? – Senti que ele congelou por um segundo antes de bufar.

– O quê? Lógico que não. De onde você tirou isso?

– Toda vez que a gente sai pra balada é a mesma coisa. Você fica sabendo que eu vou e decide miar.

– É pura coincidência cara, não noia. Eu só ando bem cansado mesmo…

– É? Menos na semana que eu tava viajando, né? Hoje mesmo eu ouvi você falando pra todo mundo que ia e quando viu que eu tava aqui, magicamente mudou de ideia.

– Lógico que não, meu, não pira! Eu só percebi que tava mais cansado do que imaginava…

– Para de me fazer de burra, eu não sou burra. O que está acontecendo? Eu tô começando a achar que devia parar de vir nos rolês, para deixar você mais à vontade.

A gente se encarou por longos segundos, até que ele suspirou.

– Você tem razão.

– Cara, por quê?

– Acho que você sabe porque.

Foi a minha vez de suspirar. Bom, pelo menos ele não me odiava. As minhas suspeitas mais íntimas tinham se confirmado – aquela tensão sexual louca que eu sentia sempre que a gente estava no mesmo cômodo não era coisa da minha cabeça. Saber que ele também me queria me fez surgir um frio na barriga. Mas era pior saber que o desejo era mútuo e aquilo não podia acontecer nunca.

– Pensei que talvez fosse coisa da minha cabeça.

– Ana! Vem logo!

– Já vou! – Eu gritei. – Acho que a gente é adulto o suficiente pra não fazer nenhuma besteira se não quiser. Você sabe muito bem que eu respeito você…

– É claro que eu sei.

– Você e o seu relacionamento. Enfim, faz como você achar melhor, mas até quando você vai evitar os seus rolês com os seus amigos por minha causa? – Eu o encarei por alguns segundos. Inclusive fazia muito tempo que não o via tão de perto assim – era sempre de relance, sempre apressado. Tinha até esquecido que ele era mais gato de perto, mas engoli em seco firme no meu propósito de ser alguém que não veio ao mundo pra dificultar a vida de ninguém. Dei as costas e fui embora.

***

Na semana seguinte, eu estava aproveitando o solzinho bacana que estava fazendo, distraída e presa na música que tocava nos meus fones de ouvido. Combinávamos de fazer a bendita festa na piscina há meses, e finalmente tinha feito um fim de semana de sol. Me servi de mais um gole do meu drink, observando o líquido dar mil voltinhas no canudo de plástico – Onde a Aline tinha arranjado aquelas coisas mesmo? – Quando um “oi” perto do meu ouvido quase me fez derrubar a bebida toda.

– Caralho, que susto!

– Foi mal! – Ele se desculpou. O segundo susto foi quase maior do que o primeiro. Nem acreditava que daquela vez ele tinha ido. Eu sorri de canto.

– Oi. – Ele sorriu de volta, um sorriso cúmplice. Eu estava feliz que ele tinha me levado a sério, e ele sabia. Ele se sentou ao meu lado e abriu uma cerveja. Eu relaxei na minha cadeira de sol – finalmente os dias de estranheza tinham ficado para trás.

***

Pelo menos era o que eu achava. Mais para o fim da tarde o nível alcoólico de todos já tinha subido consideravelmente, assim como o volume da música. Tinha conseguido raptar a playlist, e estava botando todo mundo para ir até o chão com a minha clássica seleção *escracho anos 2000*, quando ele segurou meu cotovelo e me fez subir até ficar de pé novamente. Já tinha sofrido muita censura na vida, mas ser impedida de rebolar no meio do refrão de Atoladinha era infração gravíssima, e eu realmente tive que me segurar para não voar no pescoço dele.

– Que porra?? – Eu gritei, me desvencilhando dele.

– Já tá bom, não precisa dançar mais. – Ele disse dando de ombros, com um sorrisinho no canto da boca.

– Como é que é??? – Meu sangue talhou.

– Você tá muito sapeca. – Ele disse, como se fosse uma justificativa válida. Deu pra ver que ele também já estava pra lá de altinho, não tirava da cara aquela expressão de divertimento. Se eu soubesse que ele ia começar a me encher a paciência, jamais teria insistido para ele aparecer nos rolês. Fiquei fula e me segurei ao máximo para não rodar a bahiana

– Acho que isso aí é problema seu. – Respondi o mais ríspida possível para a mensagem de que eu não tinha gostado penetrar a névoa de álcool dele. Depois saí pisando duro, fui para o outro canto da sala e rebolei duas vezes mais.

***

Não nos falamos o resto da noite. Estava tomando um chá gelado bem necessário para abaixar o meu nível alcoólico, apreciando o restinho de luz do sol que ainda estava visível da varanda. O resto do pessoal estava dançando no terraço, mas eu realmente queria ver o pôr-do-sol, por isso tinha descido. A melhor vista do apartamento com certeza era dali.

Ele abriu a porta da varanda com dois cigarros perfeitamente bolados na mão. Estava com aquela expressão de quem sabia que tinha feito coisa errada, os dois olhos arregalados. Ele me ofereceu um dos cigarros.

– Fica como pedido de desculpas?

– Desculpas aceitas. – Eu concordei, acendendo o cigarro. Ele se sentou na cadeira vazia ao meu lado.

– Não quis fazer papel de babaca com você não.

– Relaxa. Tava todo mundo bêbado e eu tenho um problema pessoal com censura.

– É, mas eu não queria te censurar.

– Eu sei, só-

– O problema não era você dançar. O problema é que fica difícil resistir.

– Olha, eu…

– Talvez porque eu não quero. Resistir.

Abri a boca para dizer alguma coisa, mas fechei logo depois. Fiquei sem fala. Ele me encarou com tanto intento que parecia que estava me queimando com o olhar. Eu fiquei ali paralisada. Os segundos se arrastaram, e eu não sabia o que fazer. Dava pra afiar uma faca em toda aquela tensão.

Ele se aproximou devagar. Eu engoli em seco. Sabia que estávamos prestes a nos beijar, mas ainda assim, era difícil de acreditar que realmente ia acontecer. Ele não parou de me encarar um segundo, até estar bem perto, descendo o olhar para a minha boca. Então senti os dedos dele na minha nuca e finalmente nossos lábios se tocaram.

Eu já tinha imaginado aquilo algumas vezes, mas toda vez que a cena aparecia na minha cabeça, eu empurrava ela lá para o fundinho da minha mente. Mas aquilo era real. E era um beijo explosivo, daqueles que prenuncia problema, daqueles que deixa a gente zonza.

Senti as mãos dele descerem da minha nuca para os meus ombros, enquanto os lábios acompanhavam indo para o meu pescoço. Ele desceu as alcinhas do meu biquíni, me fazendo arrepiar, e deixou uma trilha de beijos pelos meus ombros nus. Senti que ele dava mordidinhas, as mãos continuaram descendo, pelas minhas costas, depois minha cintura, depois o meu quadril. Foi aí então que aconteceu um estalo.

Eu saí do meu estado de estupor e passei minhas mãos pela nuca dele, enquanto ele me puxou para a beirada da cadeira, se encaixando entre as minhas pernas. De repente nosso beijo se tornou sôfrego, a única coisa que eu conseguia pensar é “por que eu não fiz isso antes?”. Me pendurei no pescoço dele, enquanto a gente ia se beijando como se quisesse engolir um ao outro. As mãos dele desceram para as minhas coxas, apertando com força e subindo para debaixo da minha saia. Agora que a gente tinha finalmente começado, sabia que não ia dar pra parar.

Quando eu vi ele tinha me pegado no colo, com as pernas encaixadas na cintura dele, e a gente estava indo para dentro do apartamento. Com certeza o pessoal ia perceber o nosso sumiço, mas naquela altura foda-se. Eu sabia que a Aline ia ceder o quarto dela de bom grado, ela sempre foi quem mais torceu pra que algo acontecesse entre a gente, inclusive era quem insistia que a gente ia ficar mais cedo ou mais tarde enquanto eu balançava a cabeça e respondia que nunca ia rolar.

A gente entrou no quarto quase derrubando tudo – clichê de cena de filme,  eu sei. Ele me jogou em cima da coberta peludinha que eu adorava e eu comecei a dar risada sozinha. Naquele momento, aquela decisão egoísta, inconsequente e inflamada de álcool parecia a decisão mais óbvia do mundo. Eu estava com aquela moleza no corpo depois de tomar sol o dia inteiro, ainda mais à flor da pele do que o normal, e cada toque dele ardia de levinho, me causando arrepios.

Ele arrancou o sutiã do meu biquíni num gesto impaciente, prendendo meus braços na cama enquanto continuava a me torturar com mordidas e beijos violentos. Naquele passo, eu ia ficar toda marcada. Não vou mentir que adorei a ideia.

Quando ele chegou no osso do meu quadril, deixou mais uma mordida e diminuiu o passo, parando para admirar a tatuagem que eu tinha ali.

– Sempre ficava louco pra ver de perto. – Ele disse num sussurro rouco, contornando as linhas com a língua. Depois, deitou a cabeça ali no meu quadril e voltou a me encarar. Engoli em seco porque era difícil olhar daquele jeito pra ele sabendo o que a gente já tinha feito, o que estávamos prestes a fazer. Ele escaneou meu corpo mais uma vez, como se ele também tivesse gastado muito tempo imaginando se um dia aquilo ia acontecer, até que seu olhar voltou para a minha tatuagem, e depois desceu para a calcinha do meu biquíni. Vi ele suspirando abafado antes de separar um pouco as minhas pernas e arrastar a calcinha para o lado.

Eu gritei de leve, de susto e de prazer, quando ele começou a me chupar de maneira implacável, confirmando minhas suspeitas mais secretas de que também tinha um pendor natural pra sacanagem. Eu estremeci, tensionando o corpo e segurando o cabelo dele instintivamente.

– Como você é sensível. – Ele sussurrou num tom de voz tão sujo que puta que pariu. – Fica comigo, vai. – Ele continuou a me chupar mais um tempo naquela posição até que parou, ainda segurando a lateral da minha calcinha e eu o vi correndo o olhar por mim inteira de um jeito obsceno. A exposição gerou uma pontada clara de excitação, me fazendo contrair. Ele desceu a minha calcinha de uma vez, descendo para se ajoelhar no chão e meu puxando para a beirada da cama sem delicadeza alguma.

Mordi minha mão pra não gritar de novo, enquanto ele apertava meu quadril com força e me abria inteira com a língua, gemendo alto, como se aquela situação causasse tanto tesão nele quanto em mim, e era indecente. Eu podia sentir o meu autocontrole me escapando. Eu estava ficando encharcada, tremendo inteira, enquanto ele me devorava como se eu fosse uma fruta.

Eu desmanchei na cama e naquele cobertor fofinho, apreciando estar sendo deliciosamente reverenciada. Fazia tempo demais desde o último oral realmente bom que eu tinha recebido, e as habilidades dele com os lábios e os dedos não deixavam nenhum pouco a desejar. Ele curvou os dedos dentro de mim, sabendo o ponto exato que queria acertar, estimulando a haste do meu clitóris por dentro enquanto o sugava por fora e o efeito foi de alucinar. Quando eu gozei ele grunhiu com cada contração ao redor dos dedos dele. Eu estava ocupada demais pendendo minha cabeça para trás  e levantando meu quadril para acompanhar cada onda do orgasmo.

Precisei de um momento para voltar a respirar normalmente, esfregando os olhos para minha visão, clarear, quando ele começou a rir. Abri os olhos com raiva, achando que ele estava rindo da minha cara, quando vi que ele estava olhando em direção à porta do quarto.

– A porta estava aberta o tempo todo! – Ele comentou, levantando para fechar.

– Putz… Espero que ninguém tenha descido nesse meio tempo.- Eu comentei. Bom, pelo menos estávamos entre amigos. Ouvi ele trancar a porta, e andar em direção à cama. Eu olhei direto para a sunga dele e ele percebeu, me encarando de volta com um ar muito safado. Eu mal podia acreditar que tinha perdido aquilo tudo por tanto tempo.

Desci a sunga dele, ajoelhando na cama. Ele puxou o meu cabelo, me guiando para começar um boquete, e a gente não parou de se encarar um segundo. A conexão era eletrizante, só me deixava mais excitada, e eu estava adorando que ele não me tratava como uma boneca de porcelana, mas sim como uma mulher adulta, que estava ali para aproveitar tanto quanto ele.

Relaxei a garganta, respirei pelo nariz e fui o mais fundo que consegui, sentindo ele apertar a minha nuca. O trouxe mais pra perto pelos quadris e comecei a movimentar a cabeça, bem devagar no começo, depois aumentando a intensidade dos movimentos. Meus reflexos estavam ainda mais descoordenados do que de costume, e acabou sendo um boquete bagunçado, sem refinamento algum, mas a julgar pelos espasmos involuntários do quadril dele e pelos seus gemidos guturais, ele não tinha muito do que reclamar. Continuei por um bom tempo, até que ele puxou meu cabelo com força.

– Para. Não é assim que eu quero gozar. – Olhei para cima e ele estava corado, com os lábios inchados, ofegante, os olhos turvos. Era muito sexy, e eu não resisti a continuar a tortura.

– Tem certeza? – Perguntei, passando a língua pela glande dele, esfregando os lábios ali sem parar de encará-lo. Ele mordeu os lábios.

– Você não presta, puta que pariu.

Ele me jogou na cama, separando minhas pernas com força e depois molhou dois dedos na boca bem generosamente e levou até a minha entrada. Eu já estava mais do que molhada o suficiente, aquilo era só firula, mas não dava pra mentir que estava amando ver que a mente dele era tão suja quanto a minha, e algum lugar no fundinho de mim alguma coisa gritava que aquilo ia ser problema, mas com certeza eu podia lidar com aquilo no dia seguinte.

– Nossa. – Ele arfou. – Parece seda por dentro.

Caralho. Ele queria me deixar maluca? Tirei os dedos dele de dentro de mim, puxando os seus ombros para que ele me comesse logo de uma vez. Uma camisinha se materializou nas mãos dele, e aí finalmente, FINALMENTE, ele estava dentro de mim. O tempo se estendeu e distorceu; parecia que os segundos duravam horas, todo o meu foco na sensação primitiva e deliciosa que era sentir ele me comer daquele jeito. Vi ele segurando a cabeceira da cama para se apoiar e meter bem forte. Sinceramente, tudo se misturava. Acho que o sexo deve ter durado pouco, talvez – afinal eram meses de tensão sexual acumulada. Mas minha percepção estava seriamente comprometida.

Fui derretendo no pau dele, as unhas fincadas na pele das costas. Ele gemia açorado no meu ouvido, e eu sabia que ele estava prestes a gozar. Eu queria que durasse muito mais, a noite inteira, mas só de saber que aquilo estava acontecendo, que era realmente ele ali, em cima de mim, ao meu redor, por dentro, a minha cabeça girava.

Quando eu gozei de novo, ele gozou junto. Gememos um na boca do outro com cada espasmo. Não conseguíamos parar de nos encarar, incrédulos. Era um misto de “assim que todo sexo deveria ser” com “que porra a gente vai fazer agora que sabe que é bom assim”. Ele não disse nada, nem eu. Apenas tirou a camisinha, deitou ao meu lado para que a gente pudesse tirar um merecido cochilo.

O mundo real podia esperar até a gente acordar.

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