Dia dos namorados (Masterpost)

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Ah, 12 de junho. Dia dos namorados, dia das namoradas, dos contatinhos, dia do amor. Para comemorar em grande estilo, um compilado dos posts mais românticos do blog – de contos eróticos, a dicas, a textos poéticos e vídeos.

Com certeza algum deles vai te inspirar!

Contos eróticos românticos para o dia dos namorados

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Dia dos namorados/Festa dos corações partidos – Um conto erótico bem romântico escrito especialmente para o dia dos namorados! Um cenário clássico; uma garota está apaixonada pelo amigo, mas acredita que está na friendzone. Chega o dia 12 e ela descobre que é correspondida.

12 Contos Eróticos com os 12 Signos do ZodíacoUma das séries mais lidas do blog! São 12 contos curtinhos com os signos do zodíaco – perfeitos pra mandar para aquele contatinho com o signo dele e garantir a diversāo mais tarde!

Presente de AniversárioUm conto erótico de sexo a três, M/H/H. Nele, um namorado decide surpreender a namorada com uma noite com o amigo deles, Gustavo.

Noite de Semana – Um conto bem romântico, bem meladinho, pra quem está apaixonado ou com vontade de se apaixonar – com uma surpresinha para meninas que querem explora a porta de trás dos namorados!

Qualquer Semelhança com a Realidade é Mera Coincidência – Um conto sobre a sensação inicial da paixão – e a vontade de se jogar de cabeça.

Sinestesia – Escrito para a Tertúlia Literária do Base Tango, os cinco sentidos são explorados num jogo de tesão proibido.

Dia dos namorados – Dicas de Sexo

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28 Perguntas para Transar Melhor – Um questionário gratuito para conhecer o parceiro e apimentar as coisas. Baixe o pdf, abra um vinho, relaxe… E deixe as perguntas guiarem o clima!

Um Guia Prático para Meninas Comerem Seus Namorados – Por que não comemorar de um jeito muito especial e praticar o pegging pela primeira vez? Todas as dicas estão neste post bem completo!

(Mais) 6 Alternativas ao Pornô Tradicional que vão Satisfazer todas as suas Fantasias – Procurando inspiração nova para o sexo? Quer apimentar as coisas sem recorrer à pornografia mainstream? Este post tem tudo que você precisa!

Dia dos namorados – Vídeos e vlogs

Como Conversar com o Parceiro Sobre suas Fantasias Sexuais?

Minha Coleção de Sex Toys!

O que ninguém conta sobre namorar depois dos 25

Estando sozinho, namorando ou de contatinho em contatinho, o que não falta é opção para se inspirar e passar um bom dia 12!

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Dia dos namorados/Festa dos corações partidos

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Me espreguicei na cadeira e espiei o céu lá fora; o estava limpo, era noite de lua cheia. Ótimo. Como se não bastasse, ainda por cima era noite de lua cheia. Estralei os dedos, me preparando para fazer uma pausa. Desci pela timeline do Instagram, mais uma vez passando por dúzias de fotos de casal, declarações de amor, #mozão. Senhor, será que meus amigos sempre foram bregas assim ou o dia dos namorados traz a tona o pior das pessoas?

Suspirei. Bom, talvez o dia dos namorados traz à tona o que há de pior em mim também, já que passei o dia inteiro amargando minha solteirice e amaldiçoando o capitalismo. Sério, eu nunca ligo muito pra isso se estou com alguém, mas parece que essas datas são feitas pra fazer a gente se sentir um lixo por não ter ninguém.

O telefone vibrou na minha mão. Mensagem da Alice.

“Miga, não esquece da festa no gramado da reitoria. Traz catuaba se der.”

Eu mordi os lábios, olhando pra lua cheia de novo.

“Estudando :/ Não vai dar.”

“Deixa de ser ridícula.”

O telefone vibrou de novo, ela estava me ligando. Rolei os olhos.

– Meu, eu tenho que acabar essa apresentação até sexta!

– Ah, para né. Você ainda tem tempo. Deixa de besteira e vem logo.

– Não tô no clima.

– Cara, você vai ficar aí nessa vibe de fossa em pleno dia dos namorados? Pelo menos aqui tá todo mundo bebendo junto, vamos celebrar nossa encalhação.

– Não sei…

– Vai, você anda precisando distrair a cabeça. A gente vai fazer uma fogueira e queimar os nomes de quem a gente quer esquecer. É sua chance.

Eu me olhei no espelho, um moletom felpudo, cabelos ensebados presos no coque mais desastroso que eu já fiz, um pacote vazio de Passatempo em cima da mesa.

– Tá bom, vai. Mas vou demorar pra chegar. Preciso me arrumar.

***

Com certeza aquela devia ser a noite mais fria do ano. A perspectiva de uma fogueira me animou, assim como a de álcool. Será que alguém ia levar vinho quente?

Depois de lavar os cabelos e passar uma maquiagenzinha só pra tirar um pouco da minha cara de ontem, enfiei as pernas em meias de lã, coloquei o casaco mais grosso que tinha no armário, e chamei um Uber. Depois, desci pelas minhas conversas do WhatsApp, abrindo uma de uma semana e meia antes. A última mensagem era dele.

“Ué, vc já foi?”

Suspirei, olhando para as letrinhas. Depois tomei um susto quando vi que ele estava online. Meu coração acelerou. Esperei alguns segundos, torcendo para que a barrinha do “digitando” aparecesse. Nada. Ele devia estar falando com  ela, ou com milhões de outros contatinhos. De repente senti uma vontade enorme de não ir à festa, mas o meu celular avisou que o Uber tinha chegado.

***

O conselho da Alice não tinha sido de todo ruim. Depois de um tempo na festa, meu humor tinha realmente melhorado consideravelmente. Estava realmente fazendo um frio absurdo, e nos amontoamos em volta da fogueira, ingerindo doses indecentes de álcool. Alguém tinha feito a playlist mais dor de cotovelo da história, incluindo muito feminejo e clássicos do anos 90 tipo Survivor das Destiny’s Child, e o rolê estava tão divertido que com certeza os casais presentes não trocariam a noite por um fondue à luz de velas.

– Cheguei! – Disse Leo, que tinha voltado do estacionamento. – Mais bebida, e os coraçõezinhos, como prometido!

– Caramba, é sério? – Perguntei.

– Lógico! – Ela foi logo distribuindo os coraçõezinhos de papel vermelho e algumas canetas. – Gente, prestem atenção, é pra escrever o nome do crush que quer esquecer que a gente vai queimar todos na fogueira.

– E se tiver mais de um?

– Ué, pega quantos precisar, eu trouxe um monte.

Desatamos a rir, e eu fui logo pegando um coraçãozinho. Sentei num banco afastado, querendo ficar longe de olhares curiosos e escrevi o nome dele. Olhei para a fogueira. Bom, realmente, eu precisava esquecer aquele amor não correspondido de uma vez por todas, não dava mais pra continuar naquela situação. Tinha me enganado tempo demais e agora até a nossa amizade estava estragada.

– Oi. – Achei estava realmente começando a ouvir coisas depois de tanta cachaça, mas quando me virei ele estava realmente inteirinho na minha frente. Meu coração começou a bater tão forte que eu me senti até um pouco tonta, a boca secando.

– Você não tava na praia?? – Arfei, rezando para que meu tom de voz não saísse trêmulo demais.

– Tava, mas resolvi voltar antes. Passar o dia dos namorados na praia com a família realmente ia transbordar minha cota de autocomiseração.

Ri sem graça. Ele ajeitou os cabelos.

– Parece que a festa tá legal.

– Aham, tá ótima.

Cara, que merda. Se eu soubesse que ele viria, jamais teria saído de casa. Virei o restante da catuaba que tinha no meu copo.

– Quer ir pegar uma bebida?

Queria responder que não, mas não tive coragem.

– Claro.

Passamos a andar de volta para a fogueira. Fuzilei a Alice com o olhar, mas ela deu de ombros sinalizando que também não sabia que ele estaria ali.

– Senti falta de conversar com você essa semana. – Nossa, ele foi direto ao ponto. Não esperava que fosse tocar no assunto tão cedo.

– Pois é, acabei ficando muito ocupada com a apresentação de sexta.

– Por que você foi embora aquele dia?

Engoli em seco. Que ótimo, tudo que me faltava era aquele interrogatório.

– Você estava ocupado. Eu não queria ficar na festa sozinha.

– Você ficou puta que eu peguei ela?

– Claro que não!

– Se ficou, não tem problema. Pode me falar.

Eu senti que estava ficando com vontade chorar. Engoli em seco com raiva. Que merda. Já estava bêbada, se ele não colaborasse eu ia acabar falando uma besteira enorme e estragando tudo. Que ódio. Enchi mais um copo de catuaba. Ele abriu uma cerveja.

– Bom, é que a gente tinha ido juntos e eu acho meio migué deixar amigo em rolê para casar na balada. Mas sussa também, não foi nada de mais.

– Então por que você não respondeu?

– Já falei, tava ocupada.

Ele suspirou, Andando tínhamos chegado debaixo de uma árvore mais ou menos afastada da fogueira onde estavam todos.

– Eu sei que as coisas ficaram estranhas.

– Não ficaram estranhas. A gente só se pegou bêbado num rolê, eu sei que não teve nada a ver. – Omiti a parte do “na verdade eu sonhei com isso por meses e aí finalmente aconteceu, e achei que a festa ia ser nosso primeiro date, e você pegou outra fulana na minha frente, mas ok”.

– Eu não queria ter pegado ela.

– Ok?

– Eu te chamei pra festa porque queria pegar você. De novo. – Eu senti minha respiração parar, meu coração ao pulos. Ainda estava magoada, e com raiva, mas não podia negar que eu queria ouvir aquilo. Ele esfregou os olhos cor de mel. – Me desculpa. Foi uma babaquice.

– Tudo bem, esquece isso. É melhor assim pra não estragar a amizade.

– É, então. Só que já foi.

– Como assim?

– A amizade. Faz tempo que eu não quero ser só seu amigo. E eu ia te dizer isso na festa, eu te chamei porque queria que a gente ficasse, mas aí você tava toda fria, parecia que não tava interessada, que não queria ficar comigo. Eu fiquei puto e fiz uma infantilidade. Na hora eu percebi que tinha sido besteira. Daí eu fui viajar e fiquei pensando que era melhor deixar pra lá, que ia passar, pra tudo voltar ao normal. Só que você não me respondia e eu fui ficando doido. Eu tô gostando de você de verdade, cara. E se você só quer ser minha amiga eu juro que vou ficar de boa, mas então me explica porque você ficou puta. Porque eu sei que quando a gente se pegou foi incrível, não é possível que tenha sido incrível só pra mim.

Eu fiquei em choque. Virei o resto da bebida, sentindo meu rosto afoguear. Não era possível. Aquilo devia ser pegadinha. Nunca nada na minha vida amorosa dava certo. Essa história de se apaixonar pelo amigo era a maior furada da história e todo mundo sabe.

– Você não vai falar nada?

Minha vontade era de sair correndo, mas aguentei firme. Eu ia ter que ser corajosa. Nunca tinha me declarado para alguém que me correspondia, sempre dizia que gostava de alguém já no aguardo da rejeição, estava perdida.

– A Leo trouxe um coraçõezinhos de papel. Pra gente escrever o nome de quem quer esquecer e jogar na fogueira. – Eu tirei do bolso do moletom o coraçãozinho dobrado com o nome dele, e o abri. – Eu escrevi o seu. Porque eu tô apaixonada por você. Faz tempo.

O silêncio pesou entre nós dois. Ele ficou olhando do papel para o meu rosto, com os olhos arregalados. Eu estava juntando cada fibra do meu corpo num esforço para não. sair. correndo.

– A… Apaixonada?

Fiz um careta. Não queria ter usado essa palavra assim, logo de cara. Mas saiu. Além do mais, não era mentira. Dei de ombros.

– É.

Ele se aproximou de mim, e os gestos pareciam acontecer em câmera lenta. Acariciou as maçãs do meu rosto com as mãos, e eu estremeci com o toque, fechando os olhos. Tinha repassado tantas vezes nosso primeiro beijo na minha cabeça, me entristecido de pensar que nunca mais ia acontecer de novo, e ali estava ele, colando os lábios nos meus outra vez.

É um clichê dizer que quando a gente beija alguém que gosta de verdade é diferente, mas é a mais pura verdade. Colei minhas mãos na nuca dele, sentindo minha pele correr em arrepios quando a sua língua invadiu minha boca. O beijo pareceu durar horas, parecia que tínhamos nos transportado dali, os gritos e risadas da festa pararam de chegar aos meus ouvidos. Quando terminou, ele deu um beijinho na ponta do meu nariz e me sorriu de um jeito que eu achei que fosse cair dura ali mesmo.

– Eu também.

***

A gente mal conseguia se beijar durante a festa, de tanto que estávamos sorrindo. Ao fim, fomos para a minha casa, aos atropelos. Quando cheguei no quarto, me deparei com o computador e os livros em cima da escrivaninha, e o meu mau-humor do dia todo. Como pode uma pessoa mudar tanto de estado de espírito em tão pouco tempo?

A gente se largou na cama, e minha cabeça estava girando. Estava acontecendo, estava acontecendo, a gente ia transar, depois de tanto tempo pensando, querendo, fantasiando.

Os nossos beijinhos foram lentamente se tornando beijos profundos e lentos. Difícil passar da tensão inicial, difícil ir de amigos ao tesão assim, mas ele foi deixando de ser o meu e foi passando a ser um homem delicioso que me torturava com beijos intensos.

Ele prendeu minhas mãos na cama, invadindo minha boca de novo. Depois, segurou meus cabelos com força, mordendo meu queixo. Uma mão levemente hesitante apertou meu peito por cima de toda a roupa, eu dei um gemidinho baixo. Senti ele se esfregando em mim e de repente não tinha mais constrangimento, só desejo. Fomos nos livrando das roupas da maneira mais afoita possível, meses e meses de tensão finalmente explodindo.

Quando eu vi estava só de calcinha e ele só de cueca. A sensação da pele dele grudada na minha era indescritível, sentir o contorno dos braços dele contra as palmas das minhas mãos, meu corpo inteiro pulsando com a cada investida tímida dos quadris dele contra os meus.

– Espera. Preciso muito fazer um negócio. – Eu pedi com a voz engrolada de álcool e paixão. Desci pelo corpo dele, entoxicada com o cheiro da pele macia, tantas vezes quase perdi o juízo quando ele me abraçava e eu sentia o seu cheiro e agora ele estava ali, todo meu, era quase impossível de acreditar…

Me ajoelhei na cama, descendo sua cueca com cuidado, beijando a pele abaixo do seu umbigo. Falamos de sexo tantas vezes, por horas, detalhando um para o outro nossas fantasias, o que mais nos agradava na cama, em conversas que me torturavam a imaginação, era quase como se a gente já soubesse tudo que o outro queria.

O provoquei por muito tempo, até que finalmente tomei a sua glande entre os lábio e iniciei um boquete bem lento. Eu estava com tanta vontade fazer aquilo há tanto tempo, só a ideia estava fazendo com que ondinhas de excitação me percorressem o corpo inteiro. Ele gemeu alto, segurou meus cabelos, respondeu, e eu não podia acreditar. Ele era ainda mais sexy quando estava assim, nu e excitado, e sob o meu comando e ainda por cima, disse que era meu.

Ele me puxou pelos quadris, me fazendo ficar de quatro por cima dele, e meu coração parou quando ele me segurou com força, e puxou minha calcinha para o lado.

– Você não tem noção do tanto que você é gostosa.

Suspendi minha respiração quando senti sua língua passeando pela extensão da minha vulva, espalhando beijinhos. Tive que me segurar para não desmontar na cama, a excitação deixando minha cabeça totalmente enevoada. O tomei na boca outra vez, sentindo que ele me abria com os lábios, me deixando totalmente molhada, inchada de desejo. Continuava a me segurar firme pelo quadril, gemendo baixinho enquanto me chupava e ficou muito difícil manter a técnica. Passei a sugá-lo sem perícia, indo mais fundo que dava, minha vontade era de engolir ele inteiro, ter ele por dentro até me preencher inteirinha.

Até que parei com um estalo, gemendo bem alto quando ele sugou o meu clitóris de levinho.

– Por favor. – Eu supliquei, meu quadril se movimentando em espasmos involuntários. Ele gemeu com o pedido, me puxando para cima. Alcancei uma camisinha no criado, e ele a colocou com gestos impacientes, deitando o corpo sobre o meu. Eu segurei as suas costas, insistente, querendo tê-lo logo de uma vez dentro de mim, mas ele passou a ponta do indicador pela minha vulva supersensível. Eu gemi alto de novo, supliquei de novo, e ele me penetrou com dois dedos, estudando minhas reações com uma fome no olhar que seria capaz de fazer qualquer um se sentir sem ar.

– Nossa, eu quero muito. – Ele confessou num tom de voz pecaminoso, movimentando os dedos dentro de mim.

– Então vem logo. – Eu reclamei impaciente, e ele sorriu, posicionando o corpo entre as minhas pernas. Mas me torturou ainda mais, esfregando a glande contra mim, pressionando-a contra a minha entrada sem me penetrar, até que eu estava arfante, puxando os cabelos dele, levantando os quadris do colchão.

Quando ele finalmente entrou dentro de mim parecia que tinha entrado dentro do meu corpo inteiro. Podia senti-lo me atravessando, todos os nervos do meu corpo interligados. Não conseguíamos parar de nos beijar, eu gemia na sua boca, lambia seus lábios, o abraçava, me esfregava dele. É um clichê enorme, mas realmente sexo estando apaixonado é uma experiência completamente diferente, e para mim já fazia tempo demais desde a última vez.

Eu queria que a nossa primeira transa tivesse durado horas, mas o tesão acumulado, a adrenalina, o nervosismo, tudo viraram uma coisa só. Não consegui me segurar, a sensação dos olhos dele nos meus enquanto ele entrava dentro de mim gemendo alto era intensa demais. Ele segurou minha pernas, juntando-as para que eu ficasse ainda mais apertada, e me olhou de um jeito tão primitivo e safado que foi a gota d’água. Eu chamei o seu nome, balbuciando afoita que ia gozar.

– Goza bem alto então. – Veio a resposta, num tom de voz que até então eu desconhecia. O meu corpo obedeceu ao comando antes mesmo que minha mente pudesse registrá-lo. Eu gritei, gritei tão alto que senti minha garganta reclamar, me contraindo e pulsando ao redor dele.

Não demorou e ele segurou meus cabelos com força, mordendo o lóbulo da minha orelha e gemendo no meu ouvido também, os movimentos erráticos e imprecisos.

Uma onda do melhor cansaço do mundo me invadiu imediatamente após. Ele me abraçou, beijando a ponta do meu nariz com ternura outra vez e eu fui tomada por uma sensação de felicidade que há muito tempo não experimentava.

– Feliz dia dos namorados. -Eu murmurei sorrindo, olhando a lua ainda muito cheia e brilhante lá fora. Ele riu.

– Jesus, somos um clichê. – Depois alcançou o coração no criado mudo. – Eu vou guardar isso aqui como lembrança desse dia. – Foi minha vez de gargalhar.

– Que pena que nossa primeira transa foi tão rápida. – Eu disse, os olhos fechando de sono.

– A gente vai ter muito tempo pra praticar. Eu não pretendo ir pra lugar nenhum tão cedo.

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência

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Passei cambaleando de levinho de volta ao salão, levando um susto quando o grupo sentado na mesa irrompeu em mais urros por causa do pôquer, jenga, ou sei lá que raios estavam jogando. Será que esse povo não cala a boca nunca? É como eu sempre digo, se as pessoas pudessem ouvir meu monólogo interno, eu não teria mais amigos.

Você está lá, sentado no sofá como te deixei, mastigando a bendita correntinha de novo. Que fixação oral essa sua hein, sorte minha. Já devia ter aprendido que essa história de beber sentado é perigosa, meu equilíbrio rateando. Foram vários shots, e infelizmente preciso admitir que você é mais resistente a álcool do que eu, de modo que meu cérebro já está enevoado e meus nervos pulsando um pouquinho mais do que deveriam com cada sensação.

A coisa é que você tem essa aura que me deixa irracional, e dá vontade de provocar só pra ver até onde você aguenta, até porque eu sei (e adoro) que o pavio é curto, então eu chego e me sento logo no seu colo porque a essa altura já está todo mundo bêbado mesmo e ninguém vai ligar. Você levanta as sobrancelhas que parecem ter vida própria de tão expressivas, e logo se alarga num sorriso que deixa a mostra todos os dentinhos muito brancos e retos, e eu juro, é K.O., sem chance de recuperação.

Você me enlaça pela cintura, os dedos dando a volta em mim inteira, e eu me inclino para te beijar. Você foge do beijo, a boca crispando e deixando o sorriso safado. Eu tento de novo, porque estou bêbada demais para sutilezas a essa altura. Você segura os dois lados do meu rosto, a expressão fica séria enquanto me encara com um olhar que parece que está derretendo até os meus ossos.

Quando a gente finalmente se beija, é aquela mistura de sensações que eu fico tentando encontrar uma descrição entre todas as minhas metáforas chiques. Cada segundo do seu beijo é como uma armadilha, você sabe exatamente como dar o próximo passo pra me deixar querendo sempre mais, minhas mãos apertando seus ombros porque se eu já não estivesse sentada provavelmente ia ter escorrido para o chão.

Os seus braços me seguram firme na cintura, e quando o beijo se parte você passa o dedão pelo meu lábio inferior antes de mordê-lo, e talvez as coisas fossem mais fáceis se você não fosse tão, tão venenosamente sexy, se o seu beijo não fosse tão aterrador, se o sorriso não fosse tão lindo, mas enfim, de que adianta tentar resistir numa batalha que eu já perdi.

Pressiono o meu corpo contra o seu, sua boca encontrando a alcinha da minha blusa para descê-la com os dentes, a língua contornando os traços da minha tatuagem no ombro. Estou toda arrepiada, tremendo no seu colo, e nessas horas é uma delícia ser assim em tamanho de bolso, dá a impressão que você consegue me tocar no corpo inteiro com as duas mãos, e que delícia é ficar com alguém que dá conta do recado, para variar.
Eu tensiono quando você segura meus cabelos altura na nuca, puxando com força para acessar a pele do meu pescoço. Um gemidinho involuntário escapa do fundo da minha garganta, sinto minha razão esvaindo com o tanto que eu te quero.

Deslizo o rosto pelos seus ombros, intoxicada com o cheiro do seu perfume, e olha que eu nem nunca gostei de perfume, subindo os lábios com beijinhos ébrios pela pele do seu pescoço.

– Não. – Você me segura pelos cabelos de novo. – Nada disso. É a regra, lembra?

Eu dou um miado de desaprovação.

– Ai mas que coisa, você é cheio de regras.

– Não pode. Se não eu não aguento, capaz de te comer aqui mesmo.

Porra, você não colabora com meu estado mental. Eu arranho a pele dos seus braços, grudando seu corpo no meu. Uma ideia doida se forma na minha cabeça, e eu já me animo, porque já diria minha melhor amiga, eu adoro péssimas ideias.

– Vem aqui comigo.

– Onde? – Céus, o sorriso de novo.

– No banheiro. Quer dizer. Eu vou primeiro, depois você vai. Ninguém vai notar.
Seus olhinhos castanhos brilham; não de medo, de intimidação, mas de antecipação. Nem uma hesitação, nem uma pergunta, nem um “pera-lá-você-é-louca-vamos-com-calma”.

– Tá bom. Dou um minuto e vou.

Meu deus, que resposta perfeita, que delícia de homem, em todos os sentidos. Delícia de beijo, delícia de corpo, delícia de risada, delícia de companhia.

Dessa vez eu devo ter perdido a noção, devo ter perdido o juízo de vez.

Quando a gente tranca a porta do banheiro, o mundo lá fora deixa de existir. A primeira coisa que eu faço é ir com a boca direto no seu pescoço, porque não gosto que me digam não. Finco os dentes, sugo, te marco, até que você segura meu rosto pelo queixo, olhando para mim com aquela expressão muito séria que eu aprendi a reconhecer como máxima excitação. Seu olhar é predatório, e eu sinto meu corpo tensionar com uma onda muito clara de tesão, mordendo o lábio inferior.

– Não. – Você torna a falar. – Não pode fazer isso. Não aguento. – Você puxa meu lábio para baixo com o dedão. Eu aproveito a oportunidade e deslizo meus lábios por ele, sugando, olhando nos seus olhos para te provar que não estou aqui pra brincadeira. Sua expressão se torna séria de novo. – Te odeio.

– Odeia nada.

Ajoelho na sua frente, desabotoando o cinto, te olhando e te desafiando a me mandar parar dessa vez. Só que você só se apoia na pia, uma mão encontrando a minha nuca.

Provocaria se a gente tivesse tempo, mas como é óbvio que não vai demorar para alguém ter que usar o banheiro com a quantidade de álcool sendo consumida, eu desço a calça jeans apertada e a cueca, e tomo o seu pau na boca.

Já me disseram que eu sou boa nisso, mas com você eu tenho certeza, porque na verdade eu poderia ficar horas te chupando. Vou o mais fundo que consigo, e você me empurra só um pouquinho. Adoro que você é gentil comigo sempre exceto nos momentos que não pedem gentileza, não me trata como se eu fosse quebrar.

O boquete é meio afoito e apressado, não tinha como ser de outro jeito. Até que você me segura de novo pelos cabelos (ok, vou precisar de uma hora pra desembaraçar todos os nós de novo) segurando seu pau pela base e deslizando pela minha boca e queixo. O ritmo desacelera, a conexão do nosso olhar tão intensa que é elétrica.

É como dizem, não existe nada mais sexy do que se sentir desejada.

Alguém bate na porta e nós dois nos sobressaltamos. Lembro de onde estou, de repente se dissolve a bolha em que a gente estava. Rimos de levinho.

– Já vai! – Eu me levanto, te masturbando de levinho enquanto a gente se beija. Você passa a língua pela minha boca, com um sorriso safado. – Vai ter que ficar pra depois.

Você arfa, sacudindo a cabeça.

– Você tá acabando comigo.

***
Nem lembro direito como passamos o resto da noite. Foi tudo um borrão. Acabamos durando muito na festa, os dois cheios de energia. Dançamos, bebemos, nos beijamos e esfregamos no sofá, nas paredes, na pista de dança, até deixarmos todo mundo com inveja da vontade que estávamos um do outro.

Entramos no quarto cambaleando, deixando as garrafas de cerveja quase vazias na mesinha. Eu tentei ir me apressando para a cama, mas você me puxou de volta pelo quadril, prendendo meus pulsos na porta, e me invadindo com mais um dos seus beijos.

Tento me soltar só pra te testar mesmo, e você me segura com mais força, mordendo meus lábios inchados. Depois, me pega no colo com facilidade para me levar para cama, só que acaba batendo com a cabeça no lustre no meio do caminho.

– De novo??

– Aff, eu vou arrancar esse negócio daqui amanhã.

– É você que é alto demais. – Caímos na cama e eu subo em cima de você, tentando arrancar sua blusa, enchendo seu rosto e pescoço de beijinhos. Nem estou me reconhecendo, nem sei que feitiço é esse que você colocou em mim, que eu ando avoada com a cabeça nas nuvens, como pode ser tão intenso e tão rápido, como foi acontecer isso agora, agora que eu finalmente me livrei da âncora que arrastava no pé pelos últimos dois anos, só pra cair direto na sua rede.

Você me joga de volta na cama, colocando o corpo sobre mim, as roupas sendo arrancadas com violência até os dois estarem nus, e o ritmo arrefecer novamente. Suas mãos apertam minha cintura, seu corpo ardendo em febre sobre o meu.

– Você é tão pequenininha. – O comentário sai sofrido. – Me deixa maluco. – Deixo escapar um gemido baixinho, e você se deita novamente, me puxando para o lado, uma mão descendo para a parte interna da minha coxa.

– Não, espera. – Eu faço menção de tirar a sua mão, e te explicar que sou sensível e complicada de agradar, e vai demorar até você saber fazer do jeito certo, e vamos deixar isso pra depois quando a gente se conhecer melhor, pra que perder tempo agora.

– Devagar, eu sei. Eu sei fazer, confia em mim.

Eu suspiro, relaxando, mas na verdade totalmente cética. Me preparo para ter que tirar sua mão dali logo, só que seus dedos deslizam por mim com a precisão exata, sem forçar.

Meus olhos se arregalam e eu solto um suspiro de surpresa.

O toque é perfeito, eu fico sem ar, afundando na cama, sentindo minha pele grudar de suor. O quarto está escuro, minha respiração está rasa, e eu me seguro nos lençóis. Abro as pernas involuntariamente, meus pensamentos dando um dó, nem quando eu me toco é bom desse jeito. Estou trêmula, sinto que vou explodir em mil pedacinhos a cada vez que você desliza os dedos por mim, a minha pele parecendo a ponto de desgrudar do meu corpo.

– Viu? – Você diz, a boca muito perto da minha. – Eu aprendi.

– Você aprendeu. – Eu confirmo com um sorriso meio tonto, gemendo logo em seguida.

– Eu sei como você gosta. Eu já te conheço.

Perco a noção do tempo, deixando você fazer mágica com as pontinhas dos dedos, gemendo alto no seu ouvido. Não sei se quero que você pare logo e se enfie de uma vez dentro de mim, ou se quero que você continue pra sempre, perdi completamente a capacidade de articular qualquer raciocínio.

– Eu… Ah! – Balbucio, tentando encontrar alguma coisa que faça sentido, porque eu quero que você saiba exatamente o que você está fazendo comigo. – É tão bom. – A frase sai num fio de voz. Você me beija de novo, terminando com daqueles beijinhos na pontinha do meu nariz, um sorriso orgulhoso e satisfeito nos lábios.

– Você está tão molhada. – E com este comentário você introduz um dedo em mim, depois o outro, apertando devagar contra o meu ponto G. Minha mão encontra o seu pau outra vez, apertando numa punheta descoordenada. Acho que perdi o controle dos meus braços.

Alcanço uma camisinha no criado-mudo, você me deixa virar para o lado, me segura firme pelos quadris, me penetrando daquele jeito impetuoso, sussurrando sacanagens engroladas no seu sotaque ao pé do meu ouvido.

Uma mão puxa meu cabelo com força na base da nuca, a outra me acerta um tapa forte na bunda, e eu peço mais, peço mais forte, quero estar toda dolorida e marcada amanhã. Cada vez que a gente transa supera a anterior, você parece um polvo se desdobrando para estimular meu corpo inteiro, a sensação de ter por dentro me fazendo ver estrelinhas.

Varamos a noite, sem conseguir parar, nos beijando e lambendo e chupando e tocando. Fomos dormir já ao amanhecer, vencidos pelo cansaço. Meu corpo estava doído, parecendo um trapo, quando você me puxou pra perto, me fez deitar no seu peito.

Abri os olhos e vi a rosa que você me deu no criado-mundo, a rosa que tinha me feito te notar, que tinha começado toda aquela loucura. Ela tinha desabrochado na água, estava vistosa e vermelha, e eu me perguntei meio grogue, se ela ia durar muito mais tempo antes de murchar.

 

Noite de semana

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Às vezes os dias perfeitos não são aqueles em que a gente ganha uma promoção no trabalho, passa no vestibular, é pedido em casamento. Às vezes um dia perfeito é só aquele em que eu conseguir entrar em casa minutos antes do temporal de verão cair, tomar um banho para tirar o suor e o mormaço de um dia quente do corpo, e sair relaxada, com os cabelos molhados e a pele fresca, pra entrar no quarto cheirando à chuva e te encontrar na cama, concentrado num livro.

Eu me aconchego a você. Os últimos dias foram corridos, faz um tempinho que não temos uma noite para nós. O ar finalmente está mais fresquinho depois de um dos dias mais abafados do ano. Você está só de cueca, cheirando a sabonete, a pele ainda quente do banho que você tomou antes de mim. Eu te abraço pela cintura, afundando o rosto na sua nuca.

– E aí, o livro tá bom?

– Uhum, acho que amanhã eu termino. – Eu não resisto à extensão da sua pele na minha frente e cravo uma mordidinha no ombro, te arrancando um ronronado. Você larga o livro no criado-mudo, virando o corpo para me encarar. Minhas mãos ficam passeando pela extensão das suas costas, enquanto você segura meu rosto com as mãos e me beija.

Sua boca tem aquele gosto de algum doce de infância que eu não consigo nunca identificar qual é, e eu não resisto a morder de novo, porque é bom demais te morder. É engraçado que eu sempre achei o seu beijo febril, mas agora parece que a temperatura anormalmente alta se espalhou pelo seu corpo inteiro.

Era para ser só um beijinho, mas você segura meu rosto nas suas mãos daquele jeito que você sabe que eu adoro, e quando você enfia a mão debaixo da minha blusa de pijama eu me arrepio inteira. O toque das duas mãos na minha pele causa uma reação elétrica, um choque que deixa meu corpo inteiro vibrando, como se fosse um motor em baixa frequência.

O beijo se aprofunda e eu vou derretendo. É sempre assim, mesmo depois de tanto tempo. A sensação de estar com você é de um tiro de pó com umas dez doses de tequila e uma cartela de doce, tudo ao mesmo tempo, num coquetel pra ser injetado na veia.

Minhas mãos estão grudadas no seu torso e a gente ainda não parou de se beijar por um segundo. Mas quando você me puxa pela cintura e nos cola dos ombros às pontinhas dos pés, eu preciso quebrar o beijo para gemer baixinho e buscar ar – porque parece que eu estou sufocando.

Em pouco tempo meu pijama está no chão e eu dou um gemidinho de frio só de manha – afinal, está um calor do inferno. Você cobre o meu corpo com o seu e quando seus dedos alcançam a barra da minha calcinha, minhas unhas já estão cravadas nas suas costas. Você começa a me tocar com a perícia de quem conhece todos os meus cantinhos, mas sem querer chegar lugar nenhum – de um jeito preguiçoso só pra me deixar com vontade. Sua testa está colada na minha, e o jeito que você me olha me faz sorrir. Quando você sorri de volta eu sinto um formigamento estranho por dentro. Estar apaixonada assim é tão esquisito. É como se tivesse uma bola de borracha no meu peito e ela fosse ficando maior até querer explodir tudo pra sair.

Você leva os dedos à boca, fazendo cara de quem provou algo delicioso, antes de colocá-los nos meu lábios para me fazer chupar também. Eles se demoram no cotorno na minha boca antes de descerem mais uma vez, mas eu cansei dessa tortura mansinha. Agora é minha vez. Eu te jogo te volta na cama, separo suas pernas, descendo a cueca de uma vez e dando um mordidinha na sua tatuagem abaixo do umbigo.

Adoro quando você geme logo que eu começo a te chupar, puxando os cabelos na minha nuca de leve enquanto eu faço um boquete sem pressa, que a gente tem a noite toda para aproveitar. Eu vou mais fundo, o mais fundo que dá, bem devagar, aumentando o ritmo aos poucos. Quando você começa a se empolgar, eu paro, fazendo uma punheta bem lenta, enquanto me delicio nessa expressão safada que você guarda só pra esses momentos.

Suas pernas relaxam e se abrem enquanto voce impulsiona seu quadril de leve, quase sem perceber, a respiracao entrecortada. Eu te chupo mais um pouquinho antes de descer, torturando a parte sensivel do interior das suas coxas, descendo mais e mais, mordendo a curvinha da sua bunda de leve.

Você geme e eu aproveito para lamber a pele por ali, te fazendo tremer com o choque, explorando a área com a língua antes de ir ao que interessa; afasto mais suas pernas, indo direto a ponto para comecar um beijo grego lento e carregado de tesão.

Com certeza está na minha lista de MELHORES COISAS DA VIDA ouvir a sua primeira reação sempre que eu faco isso. Eu nunca me canso. Eu conheco todos os seus detalhes e curvinhas, a receita exata pra te fazer perder completamente o controle, e eu amo a nossa intimidade.

Alguns minutos e você está se contorcendo contra os lençóis, murmurando coisas sem sentido enquanto puxa meu cabelo descoordenamente. A brincadeira já está mais que divertida – mas aí eu me lembro de uma coisa da qual a gente sempre falou – mas nunca realmente fizemos.

Minha língua te penetra devagarzinho – só a pontinha, so pra provocar. Arranho a superfície da sua coxa e agarro o seu pau com firmeza, masturbando devagarinho, continuando a invasão preguiçosa. Você relaxa na cama, os músculos se dissolvendo da tensão pra me dar mais acesso – É, acho que agora é uma boa hora.

Eu seguro o seu quadril com a mão livre, apertando pra te fazer virar de bruços. Mordo mais uma vez – só porque você tem uma bundinha bem linda e é difícil resistir. Depois, sopro de levinho, dando risada quando você se arrepia porque você é tão previsível, e parto para o ataque.

Sempre tão gostoso ver como você se desmancha na cama toda vez que eu faço isso. Você arfa e pede mais, esfregando o seu pau nos lençóis. Eu subo, beijando as covinhas das suas costas.

– Sabe o que eu estava pensando?

– Em voltar a fazer o que você estava fazendo? – Você responde, sem ar. Eu dou uma risadinha.

– Não. Em fazer aquilo que a gente sempre teve vontade. – Eu mordo o lábio, porque mal consigo conter a antecipação. – Eu te comer.

Você vira pra mim, o rosto afogueado, cabelos bagunçados. Eu levanto uma sobrancelha, como quem diz “e então”?

– Vamos. – E seus olhos brilham de animação também. Eu quase pulo da cama, alcançando a nossa gaveta de brinquedinhos e escolhendo um vibrador médio. Vamos começar modestamente.

– Tá. Me avisa se machucar que eu paro. – Você acena que sim, com cara de criança que vai estrear um brinquedo novo. Eu volto a ajoelhar na cama, plantando beijinhos na lateral da sua cintura, descendo devagar.

Retomo o que eu estava fazendo, lambendo a sua entrada devagar, penetrando de levinho. Quando eu vejo que você já se desconcentrou de novo, levo um dedo para ajudar no processo, pressionando até a resistência ceder.

A prática não é incomum – já estamos acostumados a fazer sempre, mas nunca fomos além disso e eu tenho receio de não fazer alguma coisa direito e te machucar. Eu curvo o dedo dentro de você, sorrindo quando vejo que te provoca um gemido. Bom, pelo menos isso eu não esqueci como fazer.

Depois de um tempo introduzo mais um dedo e continuo até sentir que seus músculos relaxaram o suficiente. Alguns segundos lutando para abrir a camisinha com dedos trêmulos, uma quantidade generosa de lubrificante, e forço a entrada com o vibrador de levinho no começo, testando a sua reação.

Você geme de novo – dessa vez estrangulado, e eu mordo meus lábios porque se essa não é a situação mais excitante em que já estive com certeza está no top 5. Eu ajeito a posição do vibrador e começo a ir mais fundo. Você afunda o rosto no travesseiro, e eu me pergunto por que raios a gente ainda não comprou o espelho gigante que a gente sempre fala em comprar porque eu daria tudo pra ter uma visão panorâmica de você de quatro na cama enquanto eu te como assim.

– Mais. – Você sussurra estrangulado, quase rasgando a fronha. A essa altura, você já está praticamente transando com o colchão, então eu te viro e desço a língua pelo seu torso pregado de suor. E já que é pra fazer direito, na hora em que eu tomo a sua glande na boca, ligo o vibrador.

A posição exige bastante da minha coordenação, mas pelo jeito, vale a pena. Você levanta os quadris, forçando o seu pau dentro da minha boca sem nem perceber, suas coxas dobrando com os espasmos. Você puxa meu cabelo forte, e me implora para eu não parar, e eu não paro, não paro até você gozar na minha boca e eu engolir tudinho porque puta que pariu, que delícia, eu tô abismada e sufocada de tesão.

Você me olha com os olhos arregalados, também sem conseguir acreditar, e eu quero te dar prazer assim muitas outras vezes, mas agora é minha vez. Eu arranco a calcinha e subo pelo seu corpo, prendo seus braços na cama e sento na sua cara.

Rapidinho você acorda do torpor, me chupando do jeito que você sabe muito bem como fazer, e em poucos minutos eu gozo, me esfregando na sua língua e chamando o seu nome.

– A gente… – Eu começo, ofegante, guardando o vibrador e arrumando a coberta que virou um fuá. – Precisa fazer isso outra vez.

– Concordo. – Você sussurra baixinho, ajeitando minha cabeça no seu peito e afastando as mechas molhadas da minha testa. – Vinte minutos e segunda rodada?

A gente ri junto e de novo essa sensação esquisita de ter uma coisa querendo sair de dentro do peito. Eu não sei se algum dia vou me acostumar com amar alguém tanto assim, mas eu não tenho dúvidas que quero continuar tentando.