Meu apelido para ela era menina maluquinha. E caía muito bem, eu pensava, enquanto ela espalhava as pinturas pelo chão, andando nas pontas dos pés cobertos por meinhas puídas entre elas. Ela falava sem parar, me explicando como cada uma delas iria entrar na exposição, gesticulando de um jeito que fazia a camisetinha fina subir e deixar a barriga dela à mostra. Eu só observava, entre os goles da minha cerveja, deixando meus olhos passearem pelas coxas alvas até elas desaparecerem na calcinha de algodão preto.
– Entendeu?? – Ela me perguntou em tom acusatório. Eu tinha me distraído totalmente.
– Entendi sim, claro.
Ela me fitou por uns segundos, apertando os olhos, a mão na cintura, com cara de brava. Depois suspirou contrafeita e continuou a explicação. Falou por mais um tempo até desabar no chão, no meio das pinturas.
– Tô exausta.
– Tô vendo. Eu acho que você merece relaxar um pouco. – Eu comecei, engatinhando até ela. – Vem cá, depois você continua.
– Não, eu ainda tenho um monte de coisa pra fazer! – Ela exclamou num rosnado.
– Mas você já trabalhou um monte hoje, merece relaxar, vai. Vem cá.
Ela sorriu, e eu soube que tinha vencido. Eu ofereci minha garrafa de cerveja, ela se serviu de um gole. Quando ela me devolveu, passei o vidro gelado pelos ombros dela. Estava fazendo muito calor naqueles dias. Ela arrepiou.
Aproveitei que ela tinha baixado a guarda para me aproximar mais ainda e roubar um beijo. Segurei o queixo dela com uma das mãos, e a outra subi por debaixo da camiseta. Adorava o beijo dela. Era tão cheio de energia, daqueles que parecia ser uma injeção de adrenalina direto na jugular. Eu escorreguei os lábios para a orelha dela, mordendo de leve e sussurrando:
– Vem pra cama comigo. Você não quer estragar as pinturas, né?
Ficamos num amasso entusiasmado por um tempo. Ela arranhava minhas costas, puxava meu cabelo, fazendo barulhinhos de impaciência. Eu achava graça. Geralmente eu sempre era a afobada quando se tratava de sexo, mas ela conseguia me superar. Subi as mãos para acariciar um mamilo por cima do pano fininho e ela mordeu meus lábios com força. Eu separei o beijo e ela me olhava com o cenho franzido, quase como com raiva por eu tê-la excitado.
Eu ri.
– Vira de costas. – Ela já abriu a boca pra reclamar. – Eu quero te fazer uma massagem! – Ela me olhou de novo com aquela carinha desconfiada e virou, a contragosto.
Eu a ajudei a tirar a blusa, admirando a extensão da pele sardenta das costas dela. Massageei os seus ombros e fui descendo devagarinho ao longo da espinha. Deixei meus dedos afundaram nas covinhas logo acima da bunda e fui plantando beijinhos por ali, descendo para as laterais do corpo até chegar na cintura. Depois, desci a calcinha de algodão.
Mordi a coxa dela de brincadeira, e retomei os beijos por ali. Ela se mexeu na cama, reclamando contra o travesseiro. Eu a torturei mais um pouco, o máximo que deu, até que senti que ela estava prestes a me chutar. Fiz com que ela se virasse de novo na cama, separei suas pernas gentilmente e cheguei bem perto da sua boceta, respirando forte por ali.
– Para de me fazer cócegas, cacete! – Ela reclamou com a voz estrangulada e a fiz calar a boca passando minha língua devagar pelo clitóris dela. Ela soltou um gemido alto. Parecia que as reclamações tinham acabado.
Me deliciei nela. Eu sempre adorava chupá-la porque ela ficava muito molhada. Alternava minha língua entre o clitóris e o restante da vulva, sugando e lambendo, aproveitando bem o gosto dela. A penetrei com a língua devagarzinho, até ela estar levantando os quadris da cama e puxando os meus cabelos e deslizei dois dedos para dentro com bastante facilidade, afinal ela já estava bem molhada.
Abri minhas próprias pernas, involuntariamente me esfregando contra a cama conforme os gemidos dela ficavam mais altos. Ela era tão apertada por dentro, e estava toda inchada e aberta, dava vontade de morder. O gosto dela me enlouquecia, adorava passar minha língua por cada centímetro e cantinho enquanto ela tremia. Estava convencida de que daquela vez ela ia realmente arrancar os meus cabelos de tanto puxar, até que ela convulsionou na cama, gritando bem alto.
Adorava quando ela gozava na minha boca.
Subi pelo corpo dela, e aí quem estava impaciente era eu. Me livrei do pijama bem desajeitada, enquanto ela ria de mim, sacudindo os cabelos ruivos e curtos para longe do rosto. Tirei o sorriso da boca dela com um beijo, nossa saliva se misturando com o gozo dela.
Finalmente me livrei da minha calcinha, e colei nossos corpos de novo. Só que dessa vez, sem roupa para atrapalhar. Separei as minhas pernas. Gemi quando senti nossos quatro pares de lábios se esfregando. Eu investia meu corpo contra o dela, até que ela se cansou e inverteu nossas posições.
Sentou-se sobre o meu quadril, deixando os seios empinados na altura da minha boca e retomamos o ritmo. Gozei escondendo meu rosto no peito dela. Caí de volta na cama, e ela ficou me fazendo carinho por uns dois segundos.
Depois levantou-se de um salto, e continuou a mexer com as pinturas.
Eu fiquei ali, a admirando enquanto ela separava suas telas, nua.
Suspirei. Para alguém que se cansava tão rápido das coisas, eu só queria que ela demorasse muito para se cansar de mim.